O grupo Gemfields vendeu a histórica marca de luxo Fabergé à SMG Capital, um fundo de capital de risco detido pelo empresário e investidor tecnológico russo Sergei Mosunov, por 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros). A transação marca o fim de uma era para a Gemfields, que detinha a marca desde 2013, e representa uma reorientação estratégica para a famosa joalharia. A venda da Fabergé, conhecida mundialmente pelos seus ovos ornamentais de luxo criados para os czares russos entre 1885 e 1917, conclui uma revisão estratégica iniciada pela Gemfields no ano anterior. A empresa enfrentou desafios consideráveis para equilibrar as contas da marca, num contexto de retração no mercado de bens de luxo que afeta os clientes ultra-ricos.
Sean Gilbertson, presidente executivo da Gemfields, descreveu a venda como “o fim de uma era”, reconhecendo o papel fundamental que a Fabergé desempenhou na promoção das pedras preciosas extraídas pela Gemfields. A SMG Capital, sediada nos EUA, pretende inaugurar uma nova fase para a Fabergé, mantendo o foco na produção de joias, relógios e acessórios de luxo. Sergei Mosunov afirmou ser “uma grande honra” tornar-se o guardião de uma marca tão reconhecida.
A história da Fabergé está intrinsecamente ligada a colecionadores proeminentes como Malcolm Forbes, filho do fundador da revista Forbes, que chegou a possuir uma das mais importantes coleções de ovos Fabergé.
A transação devolve a marca a mãos com ligações russas e assinala uma nova aposta no seu legado e potencial de crescimento, apesar das dificuldades recentes no setor do luxo.
Em resumoA venda da Fabergé à SMG Capital por 50 milhões de dólares encerra o capítulo da marca sob a alçada da Gemfields e abre uma nova fase de reorientação estratégica. A transação, impulsionada pelos desafios no mercado de luxo, destaca a contínua valorização de marcas com um legado histórico icónico e sinaliza uma aposta renovada no seu futuro sob nova gestão.