A oferta surge num momento de intensa pressão regulatória sobre a Google, que enfrenta um processo antimonopólio nos EUA que poderá forçá-la a vender o seu popular browser.

A proposta da Perplexity, uma empresa fundada em 2022 e avaliada em cerca de 18 mil milhões de dólares, é vista como audaciosa e, para alguns analistas, pouco realista do ponto de vista financeiro. No entanto, a startup confirmou que tem o apoio financeiro de "múltiplos fundos" para concretizar o negócio. A oferta inclui o compromisso de investir 3 mil milhões de dólares no desenvolvimento do Chrome ao longo de dois anos e manter o seu código-fonte aberto.

A Perplexity argumenta que a venda seria uma solução para os problemas legais da Google. Analistas de mercado, contudo, avaliam o Chrome num intervalo entre 20 e 50 mil milhões de dólares, e consideram a manobra da Perplexity como uma estratégia de marketing para ganhar notoriedade para o seu próprio navegador, o Comet. A Alphabet, empresa-mãe da Google, não demonstrou qualquer intenção de vender o Chrome, que é um ativo fundamental para o seu ecossistema, e deverá recorrer de qualquer decisão judicial que a obrigue a fazê-lo.