A Intel tornou-se o centro de atenções estratégicas com um investimento de dois mil milhões de dólares do grupo japonês SoftBank e a ponderação, por parte do governo dos EUA, de adquirir uma participação de 10% na empresa. Estes movimentos refletem a crescente importância geopolítica da indústria de semicondutores e a tentativa de revitalizar a gigante tecnológica norte-americana num momento em que perde terreno para rivais como a Nvidia na era da inteligência artificial. O investimento do SoftBank, que lhe confere uma participação de cerca de 2% na Intel, é justificado pelo CEO do grupo, Masayoshi Son, como um reflexo da convicção de que a produção de semicondutores nos EUA continuará a expandir-se, com a Intel a desempenhar um "papel fundamental".
Mais significativo é o potencial investimento público da administração Trump, que tornaria o Estado no maior acionista da empresa.
Esta intervenção está ligada à "Lei dos Chips" de 2022, que visa subsidiar a produção doméstica de semicondutores para garantir a segurança nacional e a competitividade em setores como o militar e o automóvel. O investimento estatal poderia ser usado para salvar o projeto de construção de um complexo de fábricas da Intel no Ohio.
A Casa Branca já confirmou que, embora pretenda capital em troca do financiamento público, não haverá "golden shares" ou direitos de voto, garantindo que não interferirá na gestão da tecnológica.
Esta onda de interesse surge num contexto de dificuldades para a Intel, que tem enfrentado estagnação nas vendas e prejuízos sucessivos.
Em resumoA Intel recebeu um investimento de dois mil milhões de dólares do SoftBank e poderá ver o governo dos EUA tornar-se o seu maior acionista com uma participação de 10%. Estas ações, enquadradas pela "Lei dos Chips", visam reforçar a produção de semicondutores nos EUA e revitalizar a Intel face à concorrência, sublinhando a importância estratégica do setor.