Aquisição da Nowo pela DIGI marca entrada agressiva no mercado português

A entrada da operadora romena DIGI no mercado português foi consolidada pela aquisição da Nowo, anunciada em outubro de 2024 por 150 milhões de euros. Este movimento estratégico permitiu à DIGI acelerar a sua implantação em Portugal, aproveitando a infraestrutura e a base de clientes da Nowo para desafiar os operadores estabelecidos. A compra da Nowo foi um passo fundamental na estratégia de expansão da DIGI em Portugal, onde a empresa lançou os seus serviços de telecomunicações (móvel, fixo, internet e TV) em novembro de 2024. A operação permitiu à DIGI não só adquirir uma carteira de clientes, mas também aceder a uma rede de fibra ótica e a licenças de espectro que aceleraram a sua capacidade de oferecer serviços competitivos desde o início. Os resultados do primeiro semestre de 2025 já refletem esta operação, com a DIGI a reportar receitas de 35 milhões de euros em Portugal. No entanto, os custos operacionais também foram significativos, atingindo 58,8 milhões de euros, o que resultou num EBITDA ajustado negativo de 23,9 milhões de euros, números que a empresa justifica com o facto de ser o primeiro semestre completo de operações. O número de serviços (RGU) da Digi em Portugal no final do semestre incluía 420 mil clientes de comunicações móveis e 144 mil de internet. A estratégia da DIGI, focada em preços agressivos, está a agitar o setor das telecomunicações em Portugal, e a aquisição da Nowo foi a peça-chave para viabilizar esta abordagem. Questionado sobre futuras aquisições, como uma potencial compra da Meo, o CEO da Digi afirmou que "não é foco, mas nunca dizemos nunca", indicando que a empresa está aberta a oportunidades.

Em resumo

A aquisição da Nowo foi o catalisador para a entrada da DIGI no mercado português, fornecendo a infraestrutura e a base de clientes necessárias para uma ofensiva comercial agressiva. Embora a operação implique custos iniciais elevados, posiciona a DIGI como um concorrente relevante, com potencial para redefinir a dinâmica de preços no setor das telecomunicações em Portugal.

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