Esta intervenção estatal, descrita como a maior numa empresa privada desde a crise financeira de 2008, reflete uma mudança de paradigma na política industrial dos EUA. A decisão surge no contexto da CHIPS and Science Act, uma lei aprovada durante a administração de Joe Biden para subsidiar a produção doméstica de semicondutores.
A administração Trump, no entanto, optou por converter parte desses subsídios em capital, argumentando que o Estado deve ter um retorno do seu investimento.
O negócio, avaliado em 8,9 mil milhões de dólares por 9,9% do capital, foi financiado através de 5,7 mil milhões de dólares de subsídios não pagos e 3,2 mil milhões do programa 'Secure Enclave'.
Após o anúncio, as ações da Intel registaram uma valorização superior a 6%.
Apesar da aquisição, a Casa Branca garantiu que não irá interferir na gestão da empresa, não havendo direitos de voto especiais associados à participação.
O movimento é visto como uma tentativa de reforçar a liderança americana na tecnologia de semicondutores, um setor considerado crucial para a segurança económica e militar, face à crescente concorrência global.
A administração Trump admitiu ainda ponderar participações noutras empresas do setor, como a TSMC, Samsung e Micron, que também recebem subsídios federais.














