A venda acentuou as dificuldades da fabricante japonesa, provocando uma queda superior a 6% no valor das suas ações. A transação, no valor de 47,83 mil milhões de ienes, foi executada com um desconto de 5,98% sobre o valor de mercado, o que gerou a maior descida diária das ações da Nissan desde o início de julho.
Um porta-voz da Mercedes-Benz clarificou que o objetivo da venda foi "limpar" o portefólio, indicando que a participação na construtora japonesa já não se alinhava com a sua estratégia.
Este desinvestimento ocorre num período de grande adversidade para a Nissan, que enfrenta dificuldades financeiras, vendas abaixo das expectativas e desafios adicionais como as tarifas impostas pela administração de Donald Trump. A empresa está a meio de um profundo processo de reestruturação liderado pelo diretor-executivo Ivan Espinosa, que inclui a redução da capacidade de produção em 20%, o encerramento de sete das suas 17 fábricas globais, a eliminação de 20.000 postos de trabalho e a venda da sua sede em Yokohama. A decisão da Mercedes é vista pelo mercado como um sinal de ceticismo em relação à recuperação da Nissan. Além disso, os artigos referem que a Renault, parceira de aliança da Nissan, também deverá vender parte da sua participação de 35,7%, no âmbito de um acordo para reequilibrar as participações mútuas.













