A operação foi desencadeada por um acordo parassocial tripartido com a Mota-Engil e a I’M SGPS, dos irmãos Martins, que estabelece um controlo conjunto sobre a construtora metálica. A OPA obrigatória foi acionada após o acordo entre os três grupos implicar o controlo conjunto de 85,59% do capital social da Martifer, o que corresponde a 87,53% dos direitos de voto, ultrapassando assim o limiar legal de 50%.

A contrapartida oferecida é de 2,057 euros por ação, valor que a Visabeira descreve como “igual ou ligeiramente superior ao preço médio ponderado das ações apurado em mercado regulamentado nos seis meses imediatamente anteriores à data da publicação” do anúncio preliminar.

A operação, que representa um movimento estratégico para consolidar a estrutura acionista da Martifer, está ainda sujeita à aprovação da Autoridade da Concorrência.

A Visabeira, liderada por Nuno Terras Marques, admitiu em comunicados à CMVM a existência de “lapsos” nos cálculos iniciais das participações, o que obrigou a múltiplas retificações nos documentos da oferta. Caso a OPA atinja uma adesão de 90% do capital, a oferente declarou a intenção de exercer o direito de aquisição potestativa, o que resultará na exclusão definitiva da Martifer da bolsa de valores, onde os pequenos acionistas representam cerca de 12,6% do capital.