A operação surge na sequência de um acordo parassocial tripartido com a I’M SGPS (dos irmãos Martins) e a Mota-Engil, que consolida o controlo conjunto sobre a construtora metálica. O acordo parassocial, celebrado a 5 de agosto, criou um controlo conjunto sobre 85,59% do capital social da Martifer, ultrapassando o limiar de 50% dos direitos de voto que obriga ao lançamento de uma OPA sobre o restante capital. A contrapartida oferecida é de 2,057 euros por ação, um valor que, segundo a Visabeira, é “igual ou ligeiramente superior ao preço médio ponderado das ações” nos seis meses anteriores.
A operação, que aguarda aprovação da Autoridade da Concorrência, reflete a ambição do grupo liderado por Fernando Campos Nunes de diversificar o seu portefólio e reforçar a sua posição em setores estratégicos.
Para a Mota-Engil, a prioridade deste alinhamento estratégico é o sucesso no concurso para a concessão dos estaleiros navais da Mitrena.
A Visabeira foi obrigada a publicar múltiplas retificações aos documentos iniciais da OPA, admitindo “um lapso no somatório” das participações qualificadas, o que levantou questões sobre o rigor do processo.
Caso a oferta atinja 90% do capital, a oferente tenciona exercer o direito de aquisição potestativa, o que resultará na exclusão definitiva da Martifer da bolsa.














