Este movimento estratégico intensifica a sua influência num dos maiores bancos da Alemanha e alimenta as discussões sobre a consolidação no setor bancário europeu.

A instituição liderada por Andrea Orcel confirmou que continua a converter a sua “posição sintética” em capital social físico, com a intenção de prosseguir até atingir aproximadamente 29% do capital. Apesar de se ter tornado o maior acionista, o UniCredit declarou que “não exigirá assentos no conselho de administração por enquanto” e que continuará a “acompanhar atentamente os progressos do Commerzbank”. Este aumento de participação sinaliza um interesse estratégico persistente no mercado alemão, apesar da oposição histórica do governo alemão a uma potencial aquisição do Commerzbank pelo banco italiano. O Estado alemão, que detém 12% do capital, é o segundo maior acionista e tem manifestado resistência a uma tomada de controlo estrangeira, tanto sob a liderança de Olaf Scholz como do atual governo de Friedrich Merz. O movimento do UniCredit é visto como um passo calculado para ganhar influência e posicionar-se para futuras oportunidades de consolidação no fragmentado setor bancário da Europa.