A operação foi confirmada pelo Presidente Donald Trump e torna o Estado norte-americano no terceiro maior acionista da empresa, depois da Blackrock e da Vanguard.

O investimento foi realizado através da conversão em ações de 8,9 mil milhões de dólares em subsídios concedidos à Intel ao abrigo do CHIPS Act, uma lei bipartidária destinada a impulsionar a indústria de semicondutores nos EUA. Esta medida reflete uma política de intervenção direta na economia para proteger setores considerados cruciais para a segurança nacional e económica, num contexto de crescentes tensões geopolíticas e comerciais. A Intel, que no ano 2000 atingiu uma capitalização bolsista de 502 mil milhões de dólares, tem enfrentado dificuldades nos últimos anos, estando atualmente avaliada em cerca de 108 mil milhões.

O acordo surge após conversações entre a administração Trump e o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, e ainda requer a aprovação do conselho de administração da empresa. O mercado reagiu positivamente à notícia, com as ações da Intel a registarem uma subida de 6% no dia do anúncio, sinalizando a confiança dos investidores de que o apoio estatal poderá ajudar a revitalizar a histórica fabricante de chips.