O negócio representa um marco no setor bancário nacional, introduzindo um novo e forte concorrente de capital gaulês no mercado.

A transação, que envolve a compra dos 75% do capital detido pelo fundo norte-americano Lone Star, já teve o contrato assinado e aguarda agora as autorizações regulatórias do Banco Central Europeu (BCE) e da Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia.

A entrada do BPCE no mercado português é significativa, uma vez que o setor era até agora dominado por capital português e espanhol, com a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o Santander e o BPI a liderarem.

Esta aquisição posiciona um novo player de nacionalidade francesa entre os maiores bancos a operar em Portugal.

O CEO do BPCE, Nicolas Naimas, clarificou que a operação é vista como "um investimento no Novobanco" e não uma fusão, indicando a intenção de manter a atual equipa de gestão, liderada por Mark Bourke.

A presença francesa em Portugal, já robusta em setores como o automóvel (Stellantis), as telecomunicações (Altice) e a distribuição (Auchan, Decathlon), expande-se assim de forma decisiva para a banca, confirmando o país como um destino atrativo para o investimento direto estrangeiro francês.