O Conselho de Administração da Martifer emitiu um parecer favorável, considerando a oferta e as suas condições "adequadas" face à incerteza geopolítica e macroeconómica atual.

A OPA surge na sequência de um acordo de acionistas tripartido entre a Visabeira, a I'M – SGPS (dos irmãos Martins, com 48,09%) и a Mota-Engil (com 37,5%), que, em conjunto, detêm uma posição de controlo superior a 85%.

A oferta dirige-se às ações não detidas por estas entidades.

A contrapartida oferecida é de 2,057 euros por ação, um valor próximo da cotação média ponderada dos seis meses anteriores ao anúncio.

A administração da Martifer, embora recomendando que cada acionista tome a sua decisão individualmente, sublinhou que a contrapartida "merece ser tida em conta, e é suscetível de ser aceite pelos acionistas".

A associação de pequenos acionistas Maxyield, no entanto, contestou o preço, considerando-o baixo e não equitativo, dada a reduzida liquidez da ação e os fundamentais da empresa. A associação defende que "é expectável o aumento da contrapartida" e lembra que a CMVM pode recorrer a um auditor independente para fixar o preço.

O conselho da Martifer assegurou ainda que não se anteveem alterações significativas na estrutura de recursos humanos ou nas condições laborais como resultado da operação.