A Visabeira Indústria SGPS lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral e obrigatória sobre a totalidade das ações da Martifer, num movimento que visa consolidar o controlo sobre a empresa de construção metálica e energias renováveis. O Conselho de Administração da Martifer emitiu um parecer favorável, considerando a oferta e as suas condições "adequadas" face à atual incerteza geopolítica e macroeconómica. A OPA surge na sequência de um acordo parassocial tripartido entre a Visabeira, a I'M - SGPS (dos irmãos Martins) e a Mota-Engil, que em conjunto controlam mais de 85% do capital social da Martifer.
A contrapartida oferecida aos acionistas minoritários é de 2,057 euros por ação. No seu relatório enviado à CMVM, a administração da Martifer, liderada por Pedro Duarte, refere que, tendo em conta o comportamento histórico das ações, a contrapartida é "suscetível de ser aceite pelos acionistas".
A administração não antevê alterações significativas na estrutura de recursos humanos ou nas condições laborais como resultado da operação.
No entanto, a associação de pequenos acionistas Maxyield manifestou-se contra o preço, considerando-o baixo e não equitativo devido à reduzida liquidez da ação, afirmando ser "expectável o aumento da contrapartida".
A Maxyield salientou ainda que a CMVM pode recorrer a um auditor independente para fixar a contrapartida mínima, defendendo que os fundamentais da empresa justificam uma avaliação superior.
Em resumoA OPA da Visabeira sobre a Martifer avança com o apoio da administração da empresa visada, que considera o preço adequado no atual contexto de mercado. Contudo, a oferta enfrenta a oposição de pequenos acionistas que a consideram baixa, abrindo a possibilidade de uma reavaliação do valor proposto para garantir a equidade da transação.