A Fidelidade, seguradora detida maioritariamente pelo grupo chinês Fosun, acordou a venda de uma participação de 40% na Luz Saúde ao grupo australiano Macquarie. A transação avalia o maior grupo privado de saúde em Portugal em mais de 1,1 mil milhões de euros e marca uma nova fase de crescimento para a rede hospitalar. A operação, formalizada através do fundo Macquarie European Infrastructure Fund 7, estabelece um preço base de 310 milhões de euros pela participação minoritária, consolidando a Luz Saúde como um dos ativos mais valiosos no setor da saúde em Portugal. Apesar da venda, a Fidelidade manterá a sua posição maioritária, garantindo a continuidade da estratégia e a permanência da atual equipa de gestão, liderada pela CEO Isabel Vaz, que iniciará um novo mandato após a conclusão do negócio.
Esta transação surge depois de a Fidelidade ter suspendido, em 2024, os planos para uma oferta pública inicial (IPO) da Luz Saúde, justificando a decisão com a “instabilidade” dos mercados e a falta de condições para “uma correta valorização”.
A venda direta a um parceiro estratégico como a Macquarie foi vista como uma alternativa mais vantajosa.
Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, afirmou que a oferta da Macquarie “cumpria todas as condições definidas” e que se trata do “parceiro certo para continuarmos a implementar, de forma consistente, a estratégia de crescimento definida para a Luz Saúde”. Por sua vez, Jorge Magalhães Correia, Presidente do Conselho de Administração da Fidelidade e da Luz Saúde, destacou que a parceria “assenta numa visão partilhada sobre o potencial da empresa” e “abre novas oportunidades de crescimento”.
A conclusão do negócio está prevista para o final de 2025, dependendo das aprovações regulatórias necessárias.
A Luz Saúde detém mais de 30 unidades de saúde em Portugal, incluindo o Hospital da Luz.
Em resumoA venda de uma participação de 40% da Luz Saúde à Macquarie por 310 milhões de euros representa uma parceria estratégica que visa acelerar o crescimento, avaliando o grupo de saúde em mais de 1,1 mil milhões de euros. A Fidelidade mantém o controlo maioritário e a equipa de gestão atual, assegurando a continuidade estratégica e abrindo novas oportunidades de expansão após a suspensão do IPO em 2024.