Este projeto, com um investimento estimado em 1,1 mil milhões de euros (6,8 mil milhões de reais), representa um marco significativo na expansão internacional da empresa e na modernização das infraestruturas brasileiras. A Mota-Engil superou a concorrente espanhola Acciona no leilão realizado na bolsa de valores de São Paulo. O contrato de concessão terá a duração de 30 anos e insere-se no Novo PAC, o programa de investimentos do governo federal brasileiro. A maior parte do financiamento da obra será dividida entre o governo federal e o governo de São Paulo, cabendo à concessionária um investimento de cerca de 261 milhões de euros. O túnel terá 1,5 quilómetros de extensão, dos quais 870 metros serão submersos, e incluirá faixas para automóveis, camiões, um elétrico, peões e ciclistas.

A nova infraestrutura permitirá reduzir a travessia entre as duas cidades de uma hora para apenas cinco minutos.

A previsão é que as obras comecem em 2026 e que o túnel entre em operação em 2030.

O vice-presidente da Mota-Engil, Manuel António da Fonseca Vasconcelos da Mota, afirmou ser “uma grande honra” e assegurou que a empresa irá “cumprir com as nossas obrigações e esperamos iniciar a obra o mais rápido possível”. A vitória neste concurso reforça a posição da Mota-Engil, que tem participação acionista da gigante chinesa CCCC, como um ator relevante no mercado de grandes infraestruturas na América Latina.