O Governo português aprovou o relançamento do processo de venda da totalidade do capital do Banco Caixa Geral – Brasil, detido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD). Esta é a terceira tentativa de alienação da unidade brasileira desde 2017, uma exigência que constava do plano de reestruturação do banco público acordado com Bruxelas. O Conselho de Ministros aprovou uma resolução que determina a alienação de 100% das ações detidas pela CGD no banco brasileiro, bem como a venda total ou parcial das sociedades por este controladas.
A decisão surge depois de o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, ter afirmado em julho que o grupo voltou “a ter entidades interessadas” na operação.
O processo anterior tinha sido cancelado em 2023, após uma primeira tentativa falhada em 2020.
Na altura, Paulo Macedo referiu que o Conselho de Ministros tinha recomendado o cancelamento e que a CGD se preparava para “resolver os problemas do banco”.
Agora, com renovado interesse do mercado, o executivo dá luz verde para uma nova tentativa de desinvestimento.
O património do Banco Caixa Geral Brasil está avaliado em pouco mais de 50 milhões de euros, um valor próximo do montante que a CGD já reconheceu como perdido nesta subsidiária, o que evidencia os desafios associados a esta operação. O relançamento do processo de venda insere-se na estratégia da CGD de focar as suas operações nos mercados considerados estratégicos, alienando ativos não essenciais.
Em resumoO Governo português autorizou a Caixa Geral de Depósitos a relançar, pela terceira vez, a venda da sua subsidiária no Brasil. A decisão surge após o CEO da CGD, Paulo Macedo, ter confirmado o interesse de potenciais compradores, retomando um processo de desinvestimento exigido no plano de reestruturação do banco público, apesar dos desafios financeiros associados à unidade brasileira.