A Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) de Espanha autorizou a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do BBVA sobre o Banco Sabadell, abrindo um período de 30 dias para os acionistas decidirem. A operação, que visa criar um dos maiores bancos europeus, enfrenta a oposição do conselho do Sabadell e condições impostas pelo governo espanhol. A OPA hostil, que já tinha recebido luz verde do Banco Central Europeu e da autoridade da concorrência, mantém os termos da proposta inicial: uma nova ação do BBVA mais 0,70 euros em dinheiro por cada 5,5483 ações do Sabadell. Para garantir o avanço da operação, o BBVA aceitou baixar a participação mínima de sucesso para 30% do capital do Sabadell.
O conselho de administração do banco catalão opõe-se firmemente à oferta, com o seu presidente, Josep Oliu, a afirmar que esta “é inclusivamente pior do que aquela que o conselho já rejeitou em 2024”.
Analistas do Bankinter aconselham os acionistas a não aceitarem a oferta nas condições atuais, não descartando uma possível melhoria por parte do BBVA.
O governo espanhol também impôs condições, exigindo que os dois bancos mantenham personalidades jurídicas e gestões separadas durante três anos, uma medida que levou a Comissão Europeia a abrir um procedimento de infração contra Espanha.
Para convencer os acionistas, o BBVA planeia um roadshow com investidores e campanhas publicitárias.
Em resumoA aprovação da OPA do BBVA sobre o Sabadell pela CNMV dá início a um período decisivo para a consolidação da banca espanhola. Apesar da luz verde do regulador, a operação enfrenta a forte oposição do Sabadell e as condições do governo, com o sucesso a depender agora da capacidade do BBVA em convencer os acionistas a aceitar uma oferta que o banco catalão considera subavaliada.