A operação destina-se exclusivamente a grandes operadores aéreos, marcando um momento decisivo para o futuro da transportadora nacional.
O processo de venda direta de referência contempla a alienação de até 44,9% do capital a um investidor estratégico e reserva uma parcela de até 5% para os trabalhadores. Um dos critérios de elegibilidade fundamentais é que os candidatos sejam operadores aéreos, ou consórcios liderados por estes, com receitas superiores a cinco mil milhões de euros em, pelo menos, um dos últimos três anos. O caderno de encargos valoriza propostas que assegurem o crescimento da TAP, a manutenção do hub de Lisboa, o reforço das rotas para as regiões autónomas, a diáspora e os países de língua portuguesa, bem como o investimento na frota e na manutenção. O respeito pelos compromissos laborais e a perspetiva de um futuro reforço da posição acionista serão também tidos em conta. O processo de venda está estruturado em quatro fases, incluindo pré-qualificação (até 60 dias) e apresentação de propostas não vinculativas e vinculativas (ambas com prazo de até 90 dias), com o Governo a prever a conclusão da operação até julho de 2026.
Os três maiores grupos aéreos europeus — Lufthansa, Air France-KLM e IAG (dona da British Airways e Iberia) — já reafirmaram o seu interesse e aguardam a publicação dos detalhes para analisar as condições.
A Lufthansa posicionou-se como “o melhor parceiro para a TAP e para Portugal”, destacando a sua parceria de longa data e investimentos recentes no país.














