A construtora portuguesa Mota-Engil venceu o leilão para a construção, operação e manutenção do primeiro túnel submerso do Brasil, que ligará as cidades de Santos e Guarujá. O contrato de concessão de 30 anos, avaliado entre 1,1 e 1,255 mil milhões de euros, representa uma das maiores obras de infraestrutura do governo brasileiro e impulsionou fortemente as ações da empresa na bolsa de Lisboa. A Mota-Engil superou a concorrente espanhola Acciona no leilão realizado na bolsa de São Paulo.
O projeto, integrado no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Brasil, será uma parceria público-privada com um investimento estimado em 6,8 a 8 biliões de reais. A maior parte do financiamento virá de fundos públicos, com a Mota-Engil a ser responsável pelo restante.
A construtora prevê assinar o contrato até ao final de 2025, com o início das obras previsto para 2026 e a conclusão em 2030. A notícia teve um impacto imediato no mercado de capitais, com as ações da Mota-Engil a dispararem mais de 9% na sessão seguinte ao anúncio.
Esta forte valorização atraiu também a atenção de fundos especulativos, como o britânico Marshall Wace, que reforçou uma posição curta sobre o título. Apesar da pressão especulativa, a empresa tem apresentado resultados sólidos, com lucros de 59 milhões de euros no primeiro semestre e uma carteira de encomendas de 14,7 mil milhões de euros.
Em resumoA Mota-Engil assegurou um contrato de concessão de 30 anos para um túnel submerso no Brasil, um projeto de 1,1 mil milhões de euros que representa uma vitória estratégica para a construtora. A notícia provocou uma forte valorização das suas ações, apesar de também ter atraído a atenção de fundos especulativos, num momento em que a empresa apresenta resultados e uma carteira de encomendas robustos.