A administração do Sabadell rejeitou unanimemente a oferta, instando os seus acionistas a fazerem o mesmo por considerá-la insuficiente. O Conselho de Administração do Banco Sabadell recomendou formalmente aos seus acionistas que recusassem a OPA hostil do BBVA, argumentando que a oferta "subvaloriza muito significativamente" o banco e as suas perspetivas de crescimento.

Segundo o Sabadell, a proposta "não reflete adequadamente o valor intrínseco das ações" e os acionistas "acabarão por perder dinheiro".

A oferta, que arrancou a 9 de setembro e decorre até 7 de outubro, propõe uma ação de nova emissão do BBVA mais 0,70 euros por cada ação do Sabadell. O BBVA, por sua vez, considera a oferta "muito atrativa", salientando que o valor da mesma aumentou de 12,2 mil milhões de euros no final de 2024 para 17,4 mil milhões em setembro.

A operação enfrenta também obstáculos políticos, com o Governo espanhol a impor condições inéditas, exigindo que os dois bancos mantenham personalidades jurídicas e gestões separadas durante três anos, uma medida que levou a Comissão Europeia a abrir um procedimento de infração contra Espanha. Se a fusão avançar, criará uma entidade com perto de um bilião de euros em ativos, tornando-se o segundo maior banco de Espanha e um dos principais a nível europeu.