No entanto, o seu testamento, redigido à mão, estabelece um roteiro claro para o futuro do império.
O documento instrui os seus herdeiros a venderem uma participação inicial de 15% da Giorgio Armani SpA no prazo de 18 meses, com a possibilidade de o novo acionista aumentar a sua posição para uma participação maioritária após três a cinco anos.
Como compradores preferenciais, o estilista nomeou os grupos franceses LVMH e L'Oréal, e o grupo ítalo-francês EssilorLuxottica, com os quais já mantinha parcerias estratégicas. A notícia foi recebida com interesse pelos potenciais compradores, com Bernard Arnault, líder da LVMH, a declarar-se “honrado” pela menção.
Analistas do Berenberg avaliam a empresa entre 5 e 7 mil milhões de euros e consideram a LVMH a opção mais estratégica, dado o seu “histórico de investidor minoritário de longo prazo, paciente e solidário”. A propriedade da empresa foi transferida para a Fundação Giorgio Armani, com o usufruto dividido entre familiares e o seu colaborador de longa data, Pantaleo Dell’Orco.
Caso a venda não se concretize, o testamento prevê como alternativa uma oferta pública inicial (IPO), preferencialmente na bolsa de Milão.
Esta decisão marca uma viragem estratégica num setor cada vez mais consolidado em grandes conglomerados de luxo.












