OPA hostil do BBVA sobre o Banco Sabadell enfrenta forte resistência

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) hostil do BBVA sobre o Banco Sabadell enfrenta forte resistência, com o conselho de administração do Sabadell a rejeitar unanimemente a proposta e a apelar aos acionistas para que façam o mesmo, considerando a oferta insuficiente. O período de aceitação da OPA, que decorre até 7 de outubro, abriu um novo capítulo na tentativa de consolidação do setor bancário espanhol. O conselho de administração do Sabadell argumenta que a oferta do BBVA “não reflete adequadamente o valor intrínseco das ações do banco”, subvalorizando-o significativamente. A proposta mantém os termos de 2024, oferecendo uma nova ação do BBVA e 0,70 euros por cada 5,5483 ações do Sabadell. O BBVA, por sua vez, considera a oferta “muito atrativa”, afirmando que o seu valor aumentou para 17,4 mil milhões de euros. A operação, que criaria uma entidade com perto de um bilião de euros em ativos, enfrenta também obstáculos políticos. O Governo espanhol impôs condições inéditas, exigindo que os dois bancos mantenham personalidades jurídicas e gestões separadas durante três anos para proteger o “interesse geral”, uma decisão que levou a Comissão Europeia a abrir um procedimento de infração contra Espanha.

Analistas do Bankinter aconselham os acionistas a não aceitarem a oferta nas condições atuais, embora não descartem a possibilidade de o BBVA melhorar os termos. Para convencer os cerca de 200 mil acionistas do Sabadell, o BBVA iniciou um roadshow com eventos e campanhas de comunicação.

Em resumo

A OPA hostil do BBVA sobre o Sabadell encontra-se num impasse, com a administração do Sabadell a rejeitar a oferta por a considerar insuficiente. A operação, que criaria um gigante bancário, está também condicionada pela intervenção do governo espanhol, que impôs a manutenção de entidades separadas por três anos, enquanto o BBVA tenta persuadir os acionistas a aceitarem o negócio.

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