Entre os principais beneficiários estão o fundador da Lone Star, John Grayken, e o CEO, Donald Quintin.

Em Portugal, o antigo presidente do Novo Banco, António Ramalho, deverá receber entre sete e 10 milhões de euros. A notícia gerou forte indignação pública e política, dado que o Fundo de Resolução injetou 3,4 mil milhões de euros no banco para cobrir perdas com ativos tóxicos herdados do Banco Espírito Santo (BES). A associação de lesados do BES, ABESD, repudiou o fim do Acordo de Capitalização sem o ressarcimento das suas perdas, defendendo que parte dos lucros da venda deveria ser usada para criar um fundo de recuperação de créditos. Francisco Carvalho, presidente da ABESD, declarou: "Não pode haver distribuição de prémios e lucros enquanto milhares de famílias continuam sem ver um euro devolvido".

A complexidade da operação estende-se ainda aos acionistas públicos, o Fundo de Resolução (13,54%) e o Estado (11,46%), que estão obrigados a vender as suas participações, mas necessitam de ajustar cláusulas contratuais para se alinharem com o acordo assinado pela Lone Star.