O testamento, revelado a 12 de setembro, instrui os seus herdeiros a venderem uma participação inicial de 15% da Giorgio Armani SpA no prazo de 18 meses.
O documento nomeia como compradores preferenciais três gigantes com os quais a marca já tinha parcerias: LVMH, L'Oréal e EssilorLuxottica.
Após este período inicial, o novo acionista poderá aumentar a sua participação para uma posição maioritária no prazo de três a cinco anos.
Caso não se encontre um comprador adequado, o testamento prevê como alternativa uma oferta pública inicial (IPO), preferencialmente na bolsa de Milão.
A Fundação Giorgio Armani, que receberá 30% das ações, terá um papel central na salvaguarda do legado da marca.
O controlo estratégico ficará, numa primeira fase, nas mãos do seu colaborador de longa data, Pantaleo Dell’Orco, que herdou 40% do controlo, e dos membros da família.
Analistas da Berenberg avaliam a empresa entre cinco a sete mil milhões de euros e consideram a LVMH a opção mais estratégica, dado o seu histórico como “investidor minoritário de longo prazo, paciente e apoiante”.
Bernard Arnault, presidente da LVMH, declarou-se “honrado” pela menção no testamento, enquanto a L'Oréal afirmou que irá “estudar com grande consideração” uma potencial participação.
Esta transição ocorre num momento desafiador para o setor do luxo, afetado por tensões geopolíticas e pela incerteza económica.












