A distribuição dos prémios tem em conta a relevância de cada gestor na cadeia de valor do fundo e no sucesso do negócio. Entre os beneficiários destacam-se figuras de topo da Lone Star, como o seu fundador John Grayken, e antigos gestores do Novo Banco, como António Ramalho, que presidiu à instituição entre 2016 e 2022 e deverá receber entre sete a dez milhões de euros. A controvérsia adensa-se pelo facto de estes prémios serem atribuídos a gestores que exerceram funções num período em que o banco era sustentado por fundos públicos. O caso levanta questões sobre a governação e a moralidade de recompensas desta magnitude, especialmente após um processo de resolução que implicou perdas significativas para o Estado e para os contribuintes portugueses, reacendendo o debate sobre a fiscalização e as responsabilidades na gestão de ativos que foram resgatados com dinheiro público.
Venda do Novo Banco e prémios milionários da Lone Star geram controvérsia
A venda do Novo Banco ao grupo financeiro francês BPCE por 6,4 mil milhões de euros marca o desfecho de uma das mais complexas sagas do setor bancário português, mas a revelação de prémios de gestão na ordem dos 1,1 mil milhões de euros para os dirigentes do fundo norte-americano Lone Star e para gestores do banco reacendeu a polémica em torno da instituição. Este valor, que representa quase um terço do apoio público de 3,4 mil milhões de euros injetado através do Fundo de Resolução, está a gerar forte indignação pública e política. O lucro total estimado para a Lone Star na operação ascende a 4,8 mil milhões de euros, um montante comparável aos lucros somados das sete maiores empresas portuguesas em 2024.



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