A distribuição dos prémios tem em conta a relevância de cada gestor na cadeia de valor do fundo e no sucesso do negócio. Entre os beneficiários destacam-se figuras de topo da Lone Star, como o seu fundador John Grayken, e antigos gestores do Novo Banco, como António Ramalho, que presidiu à instituição entre 2016 e 2022 e deverá receber entre sete a dez milhões de euros. A controvérsia adensa-se pelo facto de estes prémios serem atribuídos a gestores que exerceram funções num período em que o banco era sustentado por fundos públicos. O caso levanta questões sobre a governação e a moralidade de recompensas desta magnitude, especialmente após um processo de resolução que implicou perdas significativas para o Estado e para os contribuintes portugueses, reacendendo o debate sobre a fiscalização e as responsabilidades na gestão de ativos que foram resgatados com dinheiro público.