O Estado manterá uma participação não inferior a 50,1%, assegurando o controlo da empresa.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, defendeu no Parlamento que "para ter uma TAP forte, uma TAP robusta, não basta o maior valor [oferecido na privatização], é imprescindível um grande - grande - parceiro".

O objetivo, segundo o governante, é não só reforçar a companhia, mas também garantir que os contribuintes, que investiram mais de 3,2 mil milhões de euros, vejam esse investimento "recompensado, mas na medida do possível devolvido".

A oposição, nomeadamente o PCP e o Livre, lamenta a perda de um "ativo estratégico", argumentando que a empresa pública é vital para a ligação aos arquipélagos e à diáspora.

Outros partidos, como o Chega, impõem condições para a aprovação, exigindo que o comprador assuma todos os passivos da companhia. O CEO da Ryanair, Michael O'Leary, opinou que o grupo IAG seria o "melhor dono" e defendeu a venda de 100% da companhia, criticando a manutenção do controlo estatal.

O processo atrai o interesse das maiores companhias aéreas europeias, que aguardam a definição final do caderno de encargos para formalizarem as suas propostas.