A cadeia de retalho de decoração Casa encerrou definitivamente as suas 13 lojas em Portugal, após a empresa ter sido declarada insolvente pelo Tribunal Judicial de Sintra. Este desfecho, que afeta mais de 30 trabalhadores e deixa dívidas a mais de 110 credores, reflete a profunda crise que assola o setor de artigos para o lar. A situação financeira da empresa em Portugal deteriorou-se significativamente em 2024, com prejuízos líquidos de 1,6 milhões de euros e uma queda nas vendas para nove milhões. A lista de credores inclui proprietários de lojas, empresas de serviços e bancos como o BCP e o Millennium. O encerramento em Portugal surge na sequência do pedido de insolvência da casa-mãe na Bélgica, em março de 2025, que levou também à suspensão de operações noutros mercados europeus. A crescente concorrência de grandes marcas como IKEA e Hôma, bem como a ascensão de plataformas digitais como a Temu e a AliExpress, é apontada como um dos fatores que agravaram a situação do grupo.
Para tentar saldar as dívidas, os credores decidiram avançar com a liquidação dos ativos da empresa.
Um leilão, a decorrer até 30 de setembro, inclui não só os bens logísticos das lojas, como estantes e sistemas de videovigilância, mas também o stock remanescente de artigos de decoração e mobiliário, com lotes cujos valores mínimos variam entre 16 mil e 34 mil euros.
Em resumoA cadeia de lojas Casa cessou a sua atividade em Portugal devido a insolvência, resultando no fecho de 13 estabelecimentos e deixando dívidas a mais de uma centena de credores. A liquidação dos ativos através de leilão visa mitigar as perdas, num cenário de forte concorrência que está a reconfigurar o retalho de decoração no país.