O Governo dos Açores já admitiu que, caso não haja um entendimento até ao final do mês, poderá avançar para uma "negociação particular". A urgência é sublinhada pelo facto de a privatização ser uma condição do plano de reestruturação aprovado pela Comissão Europeia, que, se não for cumprido, poderá levar ao encerramento da companhia em 2026. O consórcio Newtour/MS Aviation afirma ter "uma visão estratégica para o dia seguinte à compra", que passa por alterar o modelo de negócio e gestão para resolver os problemas estruturais da empresa, que acumulou prejuízos de 486 milhões de euros. No entanto, o agrupamento alerta que "de nada serve uma estratégia robusta sem apoio para a implementar", pedindo aos trabalhadores um "apoio ativo à transformação".

O consórcio sublinha que "compete aos trabalhadores – e só a eles – analisar e decidir se a companhia aérea tem ou não viabilidade futura".

Enquanto as negociações decorrem, os resultados do primeiro semestre de 2025 do Grupo SATA mostraram uma melhoria operacional geral, mas a Azores Airlines agravou o seu resultado líquido negativo para 41,1 milhões de euros, evidenciando os desafios financeiros que a privatização procura resolver.