A cadeia de lojas de decoração e artigos para o lar Casa encerrou definitivamente as suas 13 lojas em Portugal, após a empresa ter sido declarada insolvente. A falência, que afeta mais de 30 trabalhadores e deixa dívidas a pelo menos 110 credores, culmina com a liquidação dos ativos da empresa em leilão para tentar saldar os compromissos. O encerramento das operações da Casa em Portugal é uma consequência direta da insolvência da casa-mãe na Bélgica, o grupo Casa Piocheur, que pediu a falência a 5 de março de 2025. A filial portuguesa submeteu o pedido de insolvência a 2 de julho, que foi declarado a 14 do mesmo mês pelo Tribunal Judicial de Sintra. A decisão de encerrar todas as lojas foi tomada a 12 de setembro, um dia após a assembleia de credores. A empresa enfrentava uma situação financeira insustentável, com prejuízos de 1,6 milhões de euros e uma queda nas vendas para nove milhões em 2024.
Entre os credores estão proprietários de lojas, empresas de serviços, bancos como o BCP e o Millennium, o Fisco e a Segurança Social. A concorrência de marcas como IKEA, Hôma e Gato Preto, bem como de plataformas digitais como Temu e AliExpress, é apontada como um dos fatores que agravaram a situação.
Para tentar pagar as dívidas, os ativos da empresa, incluindo bens logísticos e o stock remanescente de artigos, estão a ser vendidos em leilão até 30 de setembro.
O encerramento em Portugal segue um padrão europeu, com fechos também em França e no Luxemburgo.
Em resumoA insolvência do grupo belga Casa Piocheur ditou o fim das operações da marca Casa em Portugal, com o encerramento de todas as 13 lojas. A empresa, que enfrentava prejuízos crescentes e forte concorrência, está agora a liquidar os seus bens em leilão para pagar a mais de uma centena de credores.