Este movimento acionista ocorre num momento crucial para a construtora, que se prepara para regressar ao principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI, após um período de recuperação e reestruturação financeira. O aumento da participação da Dualis Capital para 10,027% do capital e direitos de voto da Teixeira Duarte posiciona a sociedade como um investidor de referência e estratégico. A operação foi comunicada à CMVM e a participação é imputada em partes iguais aos seus sócios, a IDS SGPS (de Eduardo Sardo) e a Global F Holdings SGPS (de Gaspar da Silva). Eduardo Sardo, em declarações à imprensa, afirmou estar "confortável com a participação atual", mas não excluiu "a possibilidade de novos reforços".
Indicou também que a nova posição "exige uma maior aproximação à administração", estando vários cenários em análise, incluindo a possibilidade de exigir um lugar no conselho de administração. A entrada de um novo acionista de referência é vista de forma positiva por analistas, que consideram que "traz maior estabilidade ao núcleo acionista, reforça o compromisso com a estratégia de longo prazo e potencia sinergias no setor". Este reforço acionista coincide com um período de recuperação para a Teixeira Duarte, que recentemente reestruturou a sua dívida com a banca, aumentou os lucros e viu a sua carteira de encomendas crescer, nomeadamente com a participação no consórcio que venceu o primeiro troço da linha de Alta Velocidade. O regresso ao PSI, após nove anos, é o culminar de "anos desafiantes com transformações profundas", como afirmou o presidente Manuel Maria Teixeira Duarte.












