A manobra estratégica, que visa criar um dos maiores bancos europeus, continua a enfrentar forte oposição da administração do Sabadell e a vigilância do governo espanhol. A nova proposta do BBVA consiste numa troca integral de ações, oferecendo um título seu por cada 4,8376 ações do Sabadell, o que representa uma valorização de 10% face à oferta anterior e avalia cada ação do banco catalão em 3,39 euros, um valor recorde na última década. Esta estrutura totalmente em ações oferece uma vantagem fiscal aos acionistas do Sabadell em Espanha, que ficariam isentos de impostos sobre as mais-valias caso a aceitação da OPA supere os 50%.
Apesar da melhoria, a liderança do Sabadell mantém-se firme na rejeição.
O seu presidente executivo, César González-Bueno, reiterou que a oferta é “má”, argumentando que é “pior inclusivamente que a original” de 2024 e que os prémios em operações semelhantes costumam rondar os 30%.
A operação, se concretizada, criaria um gigante bancário com perto de um bilião de euros em ativos, ultrapassando o CaixaBank em Espanha.
No entanto, o negócio enfrenta obstáculos significativos, incluindo a oposição do governo espanhol, que impôs condições para a fusão, como a manutenção de personalidades jurídicas separadas durante três anos para proteger o financiamento às PME e o emprego.
A Comissão Europeia, por sua vez, abriu um procedimento de infração contra Espanha por causa da legislação que permitiu ao governo condicionar a fusão, adicionando mais uma camada de complexidade a uma das mais importantes sagas de M&A do setor financeiro europeu recente.














