A notícia provocou uma forte reação no mercado, com as ações da Intel a dispararem 28,5% em pré-mercado.

Este acordo estratégico entre duas gigantes da tecnologia de semicondutores inclui um plano para o desenvolvimento conjunto de chips para computadores e centros de dados, embora não contemple, para já, a fabricação de chips da Nvidia pela Intel.

O investimento surge num momento em que a Intel enfrenta dificuldades financeiras e procura reforçar a sua posição no mercado, tendo recebido também um investimento do governo norte-americano, que adquiriu uma participação de 10%. A operação é vista como um balão de oxigénio para a Intel e pode representar um risco para a TSMC de Taiwan, que atualmente produz os chips de topo da Nvidia. O negócio ocorre num contexto de crescente tensão geopolítica entre os EUA e a China, com a Nvidia a enfrentar dificuldades nas vendas para o mercado chinês devido às restrições impostas por Pequim e ao esforço da China para desenvolver a sua própria indústria de semicondutores. O CEO da Nvidia, Jensen Huang, expressou desilusão com as ordens de Pequim para que empresas tecnológicas chinesas deixem de comprar os seus chips, defendendo que a tecnologia deve ser acessível globalmente.