A transação, notificada em janeiro de 2025, tornou-se inviável devido a um impasse processual.
O Idealista acusa a AdC de provocar um "atraso material" e "injustificado" ao levar a operação para uma investigação aprofundada, argumentando que o regulador nunca comunicou "de forma detalhada e objetiva" as suas "sérias preocupações concorrenciais".
A empresa sustenta que não pôde apresentar compromissos para mitigar os riscos porque a AdC não concluiu o 'market test' necessário para identificar os problemas concretos.
Adicionalmente, o Idealista salienta a reduzida dimensão do Kyero, que representa apenas 1% do mercado português, afirmando que a notificação foi feita "apenas de forma preventiva". Por seu lado, a AdC contrapõe que identificou "indícios de que a aquisição [...] poderia levantar sérias preocupações concorrenciais", incluindo o reforço do poder de mercado do Idealista. Segundo o regulador, a empresa "não apresentou compromissos destinados a remediar as preocupações concorrenciais, [...] tendo optado por desistir do procedimento".
Esta troca de acusações evidencia as tensões entre as ambições de consolidação no setor tecnológico e o escrutínio regulatório, levantando questões sobre a agilidade e transparência dos processos de concorrência em operações de menor dimensão.














