A operação incluiu também a aquisição de uma participação de 10% do Esporão no capital da Musa, selando uma nova aliança no setor. A Sovina, uma das pioneiras no mercado de cerveja artesanal português, fundada em 2011, tinha sido integrada no portefólio do Esporão em 2018. No entanto, os resultados ficaram aquém das expectativas, com o CEO do Esporão, João Roquette, a admitir anteriormente dificuldades na distribuição.

A venda à Musa, que prevê atingir uma faturação de 4 milhões de euros até ao final de 2025, é vista como uma forma de garantir a continuidade e valorização da marca. O acordo contempla a transferência do equipamento de produção da Herdade do Esporão para as instalações da Musa em Lisboa. André Henriques de Carvalho, CEO da Musa, considerou a integração da Sovina como "um reconhecimento do percurso da Musa" e a entrada do Esporão como parceiro um "sinal da maturidade do setor".

Por sua vez, João Roquette destacou a "capacidade de crescimento com solidez e proximidade ao consumidor" demonstrada pela Musa. Esta transação ilustra uma tendência de consolidação no setor, onde empresas estabelecidas procuram parcerias estratégicas para otimizar portefólios e alavancar o crescimento de marcas de nicho.