A nova oferta, agora exclusivamente em ações, enfrenta a oposição firme do conselho de administração do Sabadell e está condicionada pela intervenção inédita do governo espanhol. A proposta do BBVA foi ajustada para uma ação sua por cada 4,8376 ações do Sabadell, representando uma valorização de 10% face à oferta anterior e avaliando o Sabadell em cerca de 17 mil milhões de euros.
Esta alteração elimina a componente em dinheiro e oferece um bónus superior aos acionistas, além de potenciais benefícios fiscais.
No entanto, o presidente executivo do Sabadell, César González-Bueno, reiterou que a oferta continua a ser "má" e insuficiente, recomendando aos acionistas que a recusem.
A operação é complexa não só pela resistência do banco alvo, mas também pela posição do governo espanhol, que, numa decisão sem precedentes, impôs como condição para a autorização da fusão que os dois bancos mantenham personalidades jurídicas e gestões separadas durante pelo menos três anos, para proteger o financiamento às PME e a coesão territorial.
Se a OPA for bem-sucedida, a fusão criará uma entidade com perto de um bilião de euros em ativos, tornando-se o segundo maior banco de Espanha e um gigante no panorama europeu.
O prazo para os acionistas aceitarem a oferta foi estendido até 10 de outubro.














