A AdC, por sua vez, defendeu a sua atuação, afirmando que a operação levantava "sérias preocupações concorrenciais" e que a Idealista não apresentou compromissos para as resolver.
O colapso do negócio gerou uma troca de acusações pública entre as duas entidades.
A Idealista argumenta que o portal Kyero tem uma quota de mercado residual em Portugal, aproximadamente 1%, e que a notificação à AdC foi feita apenas de forma preventiva. A empresa queixa-se de que, ao longo de nove meses, a AdC solicitou informação extensa, muitas vezes sem relação direta com o negócio, e remeteu a operação para uma investigação aprofundada sem ter concluído o teste de mercado necessário para identificar os problemas concretos. Por outro lado, a AdC sustenta que a operação era complexa, pois envolvia um "player com uma posição de liderança de mercado muito destacada". O regulador afirma que a aquisição poderia reforçar o poder de mercado da Idealista, reduzindo a escolha para os consumidores, e que, apesar de ter comunicado estas preocupações, a empresa "não apresentou compromissos destinados a remediar" os riscos identificados, optando por desistir do processo. A Idealista refuta, dizendo que a AdC não se mostrou disponível para dialogar sobre eventuais medidas.
O caso evidencia o escrutínio regulatório sobre operações de concentração envolvendo empresas dominantes no mercado digital.














