A decisão da Bosch reflete os "enormes desafios" que o setor enfrenta, incluindo a queda da procura global, o aumento dos custos de energia, a forte concorrência de fabricantes chineses e o impacto das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. O plano de cortes, descrito pelo sindicato IG Metall como de "dimensão histórica", mais do que duplica as estimativas iniciais e atinge principalmente a divisão automóvel da empresa. Stefan Grosch, diretor de recursos humanos, classificou os cortes como "muito dolorosos, mas infelizmente inevitáveis" para garantir a competitividade da empresa.
A reestruturação da Bosch não é um caso isolado; outros grandes nomes da indústria alemã, como Volkswagen, Continental e ZF, também anunciaram milhares de despedimentos nos últimos meses. Fonte oficial da Bosch Portugal garantiu que a operação nacional, que emprega cerca de 6.800 pessoas, "não será afetada", com o impacto a concentrar-se "essencialmente na Alemanha".
Este movimento sublinha a vulnerabilidade do coração industrial da Alemanha à transformação global do setor automóvel.














