O BPI concluiu com sucesso a Oferta Pública Inicial (IPO) de parte da sua participação no Banco de Fomento Angola (BFA), encaixando 101 milhões de euros com a venda de 14,75% do capital. A operação, a maior de sempre na bolsa de Luanda, registou uma procura que superou em mais de cinco vezes a oferta, demonstrando um forte apetite dos investidores. A venda insere-se na estratégia do BPI de reduzir a sua exposição ao mercado angolano, uma exigência recorrente do Banco Central Europeu (BCE). A Unitel, detida pelo Estado angolano e o outro acionista do BFA, também alienou uma participação, com o encaixe total da operação a ascender a 205,7 milhões de euros.
A forte procura permitiu que as ações fossem vendidas no preço máximo do intervalo definido, 49.500 kwanzas por ação.
Com a conclusão do IPO, o BPI e a Unitel reduzem as suas participações para 33,35% e 36,9%, respetivamente, mas mantêm-se como os principais acionistas.
A operação representa um marco para o mercado de capitais angolano, democratizando o acesso ao capital de um dos seus principais bancos e atraindo tanto investidores institucionais, como seguradoras e fundos de pensões, quanto pequenos investidores. A estreia do BFA na bolsa de Luanda está agendada para 30 de setembro, data a partir da qual as ações começarão a ser transacionadas.
Em resumoO IPO do BFA foi um sucesso para o BPI, que cumpriu o objetivo de reduzir a sua exposição a Angola enquanto realizava um encaixe financeiro significativo. A forte adesão dos investidores validou a operação e assinala um momento importante para a dinamização do mercado de capitais em Angola, abrindo o capital de uma instituição financeira de referência a um leque mais vasto de acionistas.