A empresa enfrenta, segundo o seu diretor de recursos humanos, Stefan Grosch, “enormes desafios”. A decisão da Bosch insere-se num contexto mais vasto de contração na indústria automóvel alemã, que já perdeu cerca de 55 mil empregos nos últimos dois anos e enfrenta a perspetiva de dezenas de milhares de cortes adicionais até ao final da década.

Outros gigantes do setor, como a Volkswagen, Continental e ZF, também anunciaram reduções significativas de pessoal.

A transição para a mobilidade elétrica e a ascensão de fabricantes asiáticos, como a BYD, estão a pressionar as margens de lucro dos fornecedores tradicionais.

Fonte oficial da Bosch Portugal garantiu que a operação nacional, que emprega cerca de 6.800 pessoas, “não será afetada”, com o impacto a concentrar-se essencialmente na Alemanha.

O sindicato alemão IG Metall criticou a medida, considerando-a de “dimensão histórica” e defendendo que os custos associados deveriam ser investidos no desenvolvimento de produtos sustentáveis.