Os principais grupos aéreos europeus já se posicionaram.

Ben Smith, CEO da Air France-KLM, reiterou o forte interesse estratégico, admitindo uma participação minoritária, mas sublinhando que o controlo da gestão comercial é uma condição essencial. Smith sugeriu que, para manter influência, o Estado português poderia adquirir uma participação no grupo franco-neerlandês, à semelhança do que acontece com os governos de França e Países Baixos. O grupo prometeu manter a marca TAP, o hub de Lisboa e reforçar as rotas para o Brasil. A Lufthansa, por sua vez, reafirmou o seu "interesse alargado e estratégico", apesar de estar a atravessar um processo de reestruturação interna que inclui o corte de 4.000 postos de trabalho.

O grupo alemão destacou a sua longa parceria com a TAP na Star Alliance e os seus investimentos em Portugal.

Já o grupo IAG (dono da British Airways e Iberia) também confirmou estar a analisar os detalhes, acenando com a modernização da frota e o reforço do hub de Lisboa. No entanto, a potencial aquisição pela IAG é vista com ceticismo pela Air France-KLM, cujo CEO alertou que seria "politicamente complicado explicar aos portugueses" que a TAP ficaria sob controlo da Iberia, além de antever dificuldades regulatórias em Bruxelas.