A operação, que se destacou pela forte adesão dos investidores, registou uma procura cinco vezes superior à oferta disponível.

Esta alienação parcial insere-se na estratégia do BPI de reduzir a sua exposição a Angola, uma recomendação imposta pelo Banco Central Europeu (BCE) desde 2017, que considera a supervisão bancária angolana não equivalente à europeia.

Com a conclusão da venda, a participação do BPI no BFA foi reduzida para 33,35%. A operação foi considerada a maior da história da bolsa angolana (BODIVA), onde as ações do BFA foram admitidas à negociação a 30 de setembro.

O preço final de venda das ações fixou-se no topo do intervalo, em 49.500 kwanzas, o que permitiu ao BPI maximizar o encaixe financeiro.

A outra acionista vendedora, a Unitel (controlada pelo Estado angolano), também alienou uma participação, arrecadando cerca de 103,7 milhões de euros. O sucesso da OPV não só cumpre um objetivo estratégico e regulatório para o BPI, como também demonstra a forte confiança dos investidores no setor financeiro angolano e abre caminho a uma maior dinamização do mercado de capitais do país, com a entrada de centenas de novos acionistas, desde pequenos investidores a institucionais.