Ben Smith, presidente executivo da Air France-KLM, admitiu que o grupo poderá considerar uma entrada minoritária, mas sublinhou que o interesse é sobretudo estratégico e não apenas financeiro.
"O mais importante para nós é termos capacidade de tomar decisões comerciais.
Se não pudermos gerir comercialmente na TAP, o interesse é muito limitado", afirmou, acrescentando que tal "normalmente isso exige 51%, 60% ou 70% do capital".
No entanto, reconheceu a existência de modelos alternativos, como parcerias que garantam sinergias. Smith sugeriu ainda que o Estado português poderia adquirir uma participação no grupo Air France-KLM, à semelhança dos governos francês e neerlandês, como forma de manter influência. O grupo franco-neerlandês vê a rede da TAP no Brasil como o seu principal trunfo.
Por sua vez, a Lufthansa reafirmou o seu "interesse alargado e estratégico na TAP", considerando-se "o melhor parceiro para a TAP e para Portugal", e está a avaliar cuidadosamente o caderno de encargos.
O Governo português, para garantir a transparência do processo, criou uma comissão de acompanhamento presidida por Daniel Traça, tendo o ministro Miguel Pinto Luz desafiado o parlamento a criar uma estrutura paralela de escrutínio.












