A operação, que viu a procura superar a oferta em cinco vezes, reduz a participação do banco português para 33,35%, alinhando-se com as recomendações do Banco Central Europeu (BCE) para diminuir a exposição a Angola.

A operação envolveu também a venda de 15% do capital por parte da Unitel, controlada pelo Estado angolano, que arrecadou 103,7 milhões de euros, totalizando um encaixe de 205,7 milhões para ambos os vendedores.

O preço final por ação foi fixado em 49.500 kwanzas (46,14 euros).

A estreia do BFA na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) foi marcada por uma forte valorização, com as ações a subirem 25% no primeiro dia de negociação, fechando nos 61.875 kwanzas, embora com um volume de negociação reduzido.

A operação atraiu 8.488 novos acionistas, diversificando a base societária do banco.

O CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, já admitiu a possibilidade de reduzir ainda mais a participação no futuro, dando seguimento à pressão do BCE, que considera a supervisão angolana não equivalente à europeia. Com esta transação, o BFA tornou-se na quinta empresa cotada na bolsa angolana e no terceiro banco, num passo considerado importante para o desenvolvimento do mercado de capitais do país.