A Comissão Europeia deu "luz verde" à aquisição da marca de luxo Versace pela sua congénere italiana Prada, num negócio que agita o setor da alta-costura. A operação foi aprovada ao abrigo do Regulamento das Concentrações da União Europeia (UE), com Bruxelas a concluir que a transação não suscita preocupações em matéria de concorrência. A aprovação da Comissão Europeia, anunciada a 30 de setembro, foi concedida através do procedimento simplificado de análise de concentrações, uma vez que as "limitadas posições de mercado das empresas resultantes da operação proposta" não levantam problemas concorrenciais. O negócio, formalizado em abril, envolve a aquisição pela Prada de 100% da Givi Holding S.r.l (Versace) por 1,25 mil milhões de euros. Curiosamente, este valor representa um "desconto" de mais de 200 milhões de dólares em relação ao preço que a Capri Holdings pagou pela Versace em 2018.
A desvalorização é atribuída ao impacto da guerra comercial e das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos.
A Prada, fundada em 1913, e a Versace, fundada em 1978, são duas das mais icónicas marcas de luxo italianas, e esta aquisição representa um movimento de consolidação significativo no setor, numa altura em que a Prada já tinha demonstrado interesse na Versace em 2018, embora não tenha avançado na altura.
Em resumoA aprovação da compra da Versace pela Prada pela Comissão Europeia consolida o poder no setor do luxo italiano. A operação, realizada com um desconto significativo devido ao contexto comercial global, não levanta preocupações concorrenciais para Bruxelas e permite à Prada integrar uma marca icónica no seu portefólio.