A Comissão Europeia deu luz verde à aquisição da icónica casa de moda italiana Versace pela sua rival Prada, aprovando uma das operações mais significativas no setor do luxo. A decisão concluiu que a fusão não levanta preocupações de concorrência, permitindo a união de duas das mais prestigiadas marcas de alta-costura italianas. A operação, analisada ao abrigo do procedimento simplificado de análise de concentrações da União Europeia, foi aprovada por se considerar que as empresas resultantes teriam “limitadas posições de mercado”.
O negócio envolve a aquisição do controlo exclusivo da Givi Holding S.r.l.
(Versace) pela Prada S.p.A., ambas com uma longa história no fabrico e distribuição de artigos de luxo. Segundo um dos artigos, o acordo para a aquisição de 100% da Versace foi fechado por 1,25 mil milhões de euros. Este valor representa um “desconto” considerável face aos 1,8 mil milhões de euros que a Capri Holdings pagou pela Versace em 2018.
A desvalorização é atribuída ao impacto da guerra comercial e das tarifas impostas pelos Estados Unidos, que afetaram o setor do luxo.
A Prada já tinha demonstrado interesse na Versace em 2018, mas não avançou com a compra na altura.
Esta aquisição representa um movimento de consolidação estratégica no mercado europeu, permitindo à Prada expandir o seu portefólio com outra marca de reconhecimento global.
Em resumoA aprovação da compra da Versace pela Prada pela Comissão Europeia finaliza um negócio de grande relevo no setor do luxo. A operação, realizada por um valor inferior ao da aquisição anterior pela Capri Holdings, reflete as pressões do mercado global e consolida o portefólio da Prada, unindo duas potências da moda italiana sem entraves concorrenciais.