A decisão de liquidar a empresa foi tomada num contexto de insolvência, mas o destino dos seus títulos está num impasse. Os principais credores, a Segurança Social e a Autoridade Tributária, exigiram a realização de uma avaliação independente das publicações antes de qualquer venda, uma medida que suspendeu a análise de propostas de compra. Entre as ofertas em cima da mesa estão uma de 40 mil euros, apresentada por um grupo de 15 trabalhadores da Visão para salvar a revista, e uma nova proposta de 100 mil euros do grupo AEIOU, que pretende adquirir a marca e o domínio digital. O administrador de insolvência, André Pais, alertou para a falta de verbas para financiar a avaliação exigida, o que poderá atrasar todo o processo.

O diretor da Visão, Rui Tavares Guedes, considerou a exigência "estranha", questionando como se define o valor de uma empresa de comunicação social nestas condições.

Enquanto o processo decorre, um grupo de jornalistas foi autorizado a continuar a produção da revista para não desvalorizar o ativo, embora subsistam dúvidas legais sobre a viabilidade desta solução com a empresa oficialmente encerrada.