Desde 2017 que o BCE recomenda que o BPI reduza a sua exposição a Angola, por considerar que a supervisão angolana não é equivalente à europeia.

Com esta venda, a participação do BPI no BFA diminuiu de 48,1% para 33,35%. A operação foi descrita como um sucesso, com a procura a ser cinco vezes superior à oferta, e contou com a participação da Unitel, controlada pelo Estado angolano, que também alienou 15% do capital.

A estreia do BFA na bolsa de Luanda foi marcada por uma valorização de 25% no primeiro dia de negociação, embora com um volume de negócios reduzido, o que evidencia os desafios de liquidez do mercado de capitais angolano. O CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, já admitiu a possibilidade de reduzir ainda mais a participação no futuro, apesar de a presença no BFA ter sido um negócio altamente lucrativo para o banco português.

Com esta transação, o BFA tornou-se a quinta empresa cotada na bolsa de Angola e o terceiro banco, juntando-se ao BAI e ao Caixa Angola.