O Governo português nomeou uma comissão especial para acompanhar o processo, que prevê a alienação de uma participação de até 49,9% do capital, com 5% reservados aos trabalhadores. O CEO do IAG, Luis Gallego, argumenta que a sua oferta é a que melhor responde às exigências regulatórias da Comissão Europeia e às necessidades do mercado. Segundo Gallego, a IAG é a opção com "menor ‘overlap’ [dos ‘hubs’] em comparação com a Air France-KLM e a Lufthansa", o que simplificaria a integração e levantaria menos questões de concorrência, ao contrário da tentativa de aquisição da Air Europa, que foi retirada por implicar uma concentração no mesmo 'hub' de Madrid. O principal atrativo da TAP para o IAG é o seu forte posicionamento no mercado brasileiro, onde detém uma quota de 25% do tráfego entre a Europa e o Brasil, um mercado onde o IAG não tem uma presença forte e que a aquisição da TAP permitiria acelerar.

Para garantir a transparência do processo, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, desafiou o Parlamento a criar uma comissão de acompanhamento paralela à já formada pelo Governo, que será presidida por Daniel Traça. Embora o modelo de privatização parcial vise a "maximização do valor", Gallego notou que o modelo do IAG "sempre foi deter 100% do capital das empresas", mas que analisará detalhadamente as condições propostas pelo governo português.