O património do fundo Nexponor, que inclui o maior recinto de feiras e eventos de Portugal, a Exponor, em Matosinhos, foi colocado à venda no mercado, com a consultora Cushman & Wakefield a gerir o processo. A Associação Empresarial de Portugal (AEP), que foi a proprietária original do parque e que atualmente o explora através de um contrato de arrendamento válido até 2028, já manifestou publicamente o seu interesse em readquirir o ativo. A venda, com um prazo para apresentação de propostas até 20 de novembro, não se limita ao parque de exposições. O portefólio inclui também dois lotes de terreno com uma área total de 180.000 m², destinados a promoção imobiliária. A Câmara Municipal de Matosinhos já aprovou um Pedido de Informação Prévia (PIP) para um projeto de grande dimensão no local, que prevê a modernização da Exponor e a criação de um empreendimento de uso misto com cerca de 177.000 m² de área de construção, incluindo serviços, comércio, turismo e habitação.
O presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, afirmou que o plano em que está "a trabalhar" prevê que a Exponor "continue a ser um ativo da AEP, não só na sua exploração, mas, eventualmente também na propriedade". A AEP entregou a Exponor a este fundo imobiliário em 2013, no âmbito de um plano de reestruturação financeira para liquidar um passivo que rondava os 100 milhões de euros.
Agora, a associação patronal posiciona-se como uma "mais-valia para o desenvolvimento do projeto previsto", esperando um "final feliz para o processo".
Em resumoA venda da Exponor representa uma oportunidade de investimento imobiliário e de negócio de grande escala, combinando um ativo estratégico para a economia nacional com um projeto de desenvolvimento urbano aprovado. O forte interesse da AEP em reaver a propriedade do parque que fundou e que continua a operar adiciona uma dimensão estratégica ao processo, podendo influenciar o seu desfecho.