No entanto, os mais de 4.000 trabalhadores da instituição financeira foram informados de que não seriam contemplados com qualquer prémio extraordinário.

A Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT) reagiu prontamente, classificando a situação como uma “tremenda injustiça”.

Num comunicado intitulado “Eles comem tudo, eles comem tudo e não deixa nada”, a CNT argumentou que “foi graças ao empenho, profissionalismo, resiliência e dedicação dos trabalhadores que o Novo Banco superou os desafios de um exigente processo de reestruturação”. Em resposta, a comissão lançou um abaixo-assinado interno, que recolheu mais de mil assinaturas no primeiro dia, exigindo a atribuição de um prémio equivalente a, no mínimo, dois salários para cada trabalhador, o que representaria um montante total de cerca de 25 milhões de euros — apenas 2,27% do valor dos bónus atribuídos à gestão. A CNT anunciou ainda a intenção de pedir audiências ao Ministério das Finanças e ao Fundo de Resolução, acionistas públicos do banco, para expressar a sua indignação e procurar uma solução. A polémica levanta questões sobre a equidade na distribuição dos ganhos resultantes de uma operação de reestruturação e venda que envolveu um esforço coletivo.